DIVAGANDO

São nestes momentos que penso

Por que sempre julgo que venço

Somente eu aqui, eu te perdi, como é que venci?

Não há lamento sou forte, agüento é meu argumento

Não houve culpados já estava fadado

A única coisa que sei é que te perdi

E se houve erro este erro foi meu

O que faço agora sem você

Até quando terei que viver assim

Com estas doces lembranças

Que trazes até mim

Sem a esperança de te reencontrar.

Errei e pago o preço que mereço pagar

Não tenho mais chance, novas nuances não acontecerão

Fechei então o meu coração que outros sonhos não permitirão.

Não quero ilusões, se o que era verdadeiro, o que era primeiro eu fora joguei

Sinto. Sinto o mal que me fiz e que eternamente não terei paz.

Mostro meus sorrisos, porque é preciso forte eu ser. Mas dói, dói é de doer.

Um erro cometido num momento impensado. Sempre me leva ao passado.

No momento presente esperanças ausente sem futuro se sente.

É duro não sentir o futuro, pois em minha mente

Sempre coube, cabe e caberá somente você. Você. Você.

De que adianta agora isto eu dizer

Com outras tentei, mas, eu sabia que não conseguiria com elas viver.

Assim eu vou indo, meu caminho seguindo. Sempre forte e sorrindo,

Para todos mentindo inclusive a mim

A sua ausência me traz a carência que eu trago comigo.

Tanto tempo, tantas saudades que na alma não cabe

E em algumas lágrimas elas caem a rolar.

Saudades das boas até posso jurar, não posso negar.

Nelas eu busco o abrigo em te recordar e me confortar.

Errei e errei feio e este é o meio que devo pagar.

Nada é em vão e em meu coração sempre vai estar.

E mesmo que mil anos eu viva, dele não sairá.

(arnor milton)