SERPENTE

Disfarças o que bem sabe,

Rainha da eloquência,

Despojando transparência

Nas falas que pouco vale

Serpente branca, rastejas!

Pra massacrar, nem pestaneja...

Tua estrada de curva esotérica

Tortura minh'alma tal cadeira elétrica

É como se eu fosse o cigarro

E você, o dedo, a boca e o trago

E me dá uma sensação estranha

Já quero ser surpreendido

Como um fraco refém, rendido

Pela bandida que me ganha

Feliz de quem pode te penetrar

E tocar teu fogo sem se queimar,

Serpente de gosto de breu...

Mal sabe que sabe o céu

Aquele que sabe o seu

Guillherme Sotero
Enviado por Guillherme Sotero em 20/09/2018
Código do texto: T6454575
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