SERPENTE
Disfarças o que bem sabe,
Rainha da eloquência,
Despojando transparência
Nas falas que pouco vale
Serpente branca, rastejas!
Pra massacrar, nem pestaneja...
Tua estrada de curva esotérica
Tortura minh'alma tal cadeira elétrica
É como se eu fosse o cigarro
E você, o dedo, a boca e o trago
E me dá uma sensação estranha
Já quero ser surpreendido
Como um fraco refém, rendido
Pela bandida que me ganha
Feliz de quem pode te penetrar
E tocar teu fogo sem se queimar,
Serpente de gosto de breu...
Mal sabe que sabe o céu
Aquele que sabe o seu