O mar
O vento sopra levemente
Soltando uma brisa refrescante
Junto ao pontão, me debruço
Olhando o mar...
É manhã cedo
O sol acaba de nascer
Timidamente
Aos poucos, aquele lugar deserto
Se enche de alegria e cor
O vento...intensifica-se
Fustigando meu rosto
Até agora intranquilo
O tempo vai passando
E eu...
Afasto-me daquele pontão
Onde estive
Contemplando o mar
De águas salgadas, e límpidas
Mar imenso, infindável...
Com ondas cristalinas
Beijando a praia
De areia fina e aveludada
Ali estive a ver o mar
Absorto...
Na sua majestosa imponência
E imensidão
Observando-o, até ao anoitecer
Depois...
Sai daquele pontão
De coração aberto
E sereno...
Me fez bem ver-o-mar
Soltando as vagas, na praia
E me fez decidir...
Que um dia
E mais outro dia...
E em todas as horas
De todos os dias...
Terei de lá voltar
Ao mar...
Da minha tranquilidade.
Gilberto Fernandes