BANALIDADE E INFORMAÇÃO
Tudo se reduz hoje em dia a informação banal,
A circulação massiva de palavras rasas e previsíveis.
Sei que não há ouvidos que não sejam surdos
Para o pouco sentido dos meus ditos,
Para meus afetos e gritos de existência danificada,
De busca impertinente por qualquer coisa louca
Que me arranque do pouco da realidade.
Busco aberrâncias e desvios contra os vazios que me inventam.
Mas mesmo meus ditos mais loucos não passam de informação.
Não há como fugir do banal que converte todo discurso em ruído.