Telhados
Nos telhados em cor
De um vermelho poente
Entre as doces sementes
Meu verão acontece
No horizonte tão límpido
Quanto num paraíso
Os meus olhos reprisam
Toda a nossa estação
Tons de verde dominam
Meu telhado de roça
E é um livro que mostra
O meu semblante de infância
Tantos quintais, tantas ruas
E os telhados recentes
Trás resquícios presentes
De uma flora reinante
Sombras ilhadas e refeitas
O teu limite é o mar
Barro no teto e pomar
Faz um recanto perfeito
Jardins erguidos por conta
Ao certo ainda provocam
Em cor e som nos evocam
Um doce fabril de lembranças