do percurso
E eu só tenho essa paragem
de viajante que cansou
do peso da bagagem
e tenho essa bolha
que flagela o passo,
oxida a escolha,
desbota o caminho
e deixa meu sonho
com fome de cor
e tenho essa passagem sem hora marcada
que me inquieta a alma itinerante
e me faz seguir sem norte,
sem cura
Traga-me sossego, Destino.
Me mostra uma placa qualquer de direção.
Me ensina como suportar a sina
de não poder esperar a dor passar
para dar o próximo passo.