O Coração de Solda
Armas não me afugentam
Em uma guerra nobre em meu coração
Estenda sua mão e te levarei
Ao paraíso de minha alma
Cânticos da solidão
Põe fim na discórdia entre nós
Palavras se multiplicam
No coração amedrontado
Nos grandes vales ao luar
Eu seguro minhas mãos
E elevo elas para o alto
Buscando tocar as nuvens
E assim, quem sabe até
Alcançar o paraíso celestial
Textos sucumbem minha mente
Nos altos sacrilégios humanos
Que descartam o meu pedido amoroso
Na sombra da manhã
Sonhos acalentam a nebulosa chuva
Que arde meus braços
Proporcionando uma batalha
Entre minha mente e meu coração
Onde os dois perdem
Na forma lírica de expor
Nossa vida na aliança
De meu bem querer
Levante-se e veja a beleza da natureza
Que clama pelas suas súplicas
No terreno da morte
Lembre-te de onde caístes
E regenera-te na solidão impetuosa
Que amarra meu coração de solda
Nas margens obscuras da noite
Fatos escorrem pelos meus dedos
Na divina malícia que conjectura
Minhas atividades no embate
Da geração amedrontada e surrupiada
Pela chuva desértica que lava minha alma
No deserto servil
Soldados invernados pelos seus destinos
Inconclusivos usurpam palavras
Em meu local de refúgio
Provocando assim cataclismas
Em nossa direção distante do ponto
De ação entre duas margens para o abismo
No rico e inseguro varal da madrugada