Pequeno, vejo a trupe (cabaré e carnaval)
aos Dzi Croquettes
Ligo o chuveiro.
A água está sem graça.
The boy with the thorn in his
side catártico.
Agora, o ramerrão que o Ferreira
Gullar falou é tão escabroso no
discurso direto da tonicidade
asfixiante.
Vou eliminando os pontos fundando
uma duradoura espera exteriorizando
a rigidez do trabalho infundado.
Esse bocejo pra dentro, esse frio
frequente nos pés, esse pegajoso
viver que não sai no banho.
Na sala de reunião: a bi almeja
um amor umbandista.
Pormenores da semana, etc.
Paris, croquetes, croquetes, o
dançarino americano exubera
e amarra meus olhos nos seus
passos - golpes sexys lapidados
no palco que ama-o.
Salto alto bem mulher, likes
pra paixão.
My life is ópera. Eu queria.
Muito brilho pra muito anoitecer.
A gente se pendura no gemido, pulso
abafado que come, dorme, acorda,
testemunha a passada da dor.
Desligo o chuveiro.
Fora da tomada.
Tudo por um fio.
Prestigio a exuberância maquiada
(me apequeno vulgar de sabida
vida inconveniente). Por fim:
tenho o Santo Rosário nas mãos
de salsugem no aguardo de
coxas mais roliças que ponham
o voo irisado no peito e
estralem um beijo mais feliz,
recheado de cor na dança
escoada dos artistas.