Pequeno, vejo a trupe (cabaré e carnaval)

aos Dzi Croquettes

Ligo o chuveiro.

A água está sem graça.

The boy with the thorn in his

side catártico.

Agora, o ramerrão que o Ferreira

Gullar falou é tão escabroso no

discurso direto da tonicidade

asfixiante.

Vou eliminando os pontos fundando

uma duradoura espera exteriorizando

a rigidez do trabalho infundado.

Esse bocejo pra dentro, esse frio

frequente nos pés, esse pegajoso

viver que não sai no banho.

Na sala de reunião: a bi almeja

um amor umbandista.

Pormenores da semana, etc.

Paris, croquetes, croquetes, o

dançarino americano exubera

e amarra meus olhos nos seus

passos - golpes sexys lapidados

no palco que ama-o.

Salto alto bem mulher, likes

pra paixão.

My life is ópera. Eu queria.

Muito brilho pra muito anoitecer.

A gente se pendura no gemido, pulso

abafado que come, dorme, acorda,

testemunha a passada da dor.

Desligo o chuveiro.

Fora da tomada.

Tudo por um fio.

Prestigio a exuberância maquiada

(me apequeno vulgar de sabida

vida inconveniente). Por fim:

tenho o Santo Rosário nas mãos

de salsugem no aguardo de

coxas mais roliças que ponham

o voo irisado no peito e

estralem um beijo mais feliz,

recheado de cor na dança

escoada dos artistas.

André SS
Enviado por André SS em 16/09/2018
Código do texto: T6450296
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.