QUASE
Quase acaso
Na ênfase dos sentidos
Na sina de todos os silêncios
Se movendo na noite
Alguma coisa feito lágrima
Os poréns na linguagem do azul
Tomando todo meu campo de visão
A hora em que tudo cresce
Todo santo dia é um avesso invertido
Redesenhado no espelho
Que traz também lapsos de memória
E um enigma
Que o tempo não decifra