Verdades acesas e contradições

Existe razão na coisas inexatas

E muita insensatez na paixão, é certo!

Existe muita calma no luar

Embora ele excite os lobos

E desespere o coração do poeta.

A contradição é matéria viva da poesia quando fala de amor

E coisas exatas não entendem de loucura

Ela, um viés da razão quando perde a compostura.

A verdade é quando escorregamos e megulhamos no infinito.

A razão exige um rito.

A loucura o descompasso.

A seta e o alvo nem sempre segue a linha reta para o poeta

Que se envereda sempre no paradoxo

Ele sabe que verdades são coisas nuas

Elas não ficam na rua expostas

São brasas acesas que teimam em apagar

E por mais que tentem, sempre irão se incendiar.