Monocromático domingo

A mania é a moeda do tempo,

Eu seria o tempo e o vento

Aliados de um espírito detento de si mesmo,

Mesmo sedento do estado mais civil da turbulência

O mais simplório óbito é a face,

A fumaça dos cachimbos soa metafísica

Os corpos fragmentários da disjunção dos apóstolos

Em células impressas em papiro incandescente

Como se fosse o asfalto, corrente,

Que arde nos meus pés, mais, mais...

O bigode é a ampulheta da carne seca,

Vidro irreversível, século XX

Sobre duas pernas, quase sem cabeça

Cemitério e o excesso de momentos empilhados

Exceto é o parlamento dos números,

A rua massacra o percalço do lamento no espelho, dúvida da culpa...

Sombra Victorino
Enviado por Sombra Victorino em 15/09/2018
Reeditado em 25/08/2019
Código do texto: T6449111
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