Soneto da ANSIEDADE

Estou com uma ansiedade profunda,

Que enche meu peito indo até ao céu,

E ao mar, que as ondas a terra inunda

E, de tal tristeza vou chorando ao léu.

A ansiedade de amor aflora no peito

É de todos amantes que hão separados

Entretanto, não sei com que direito,

Ficamos assim, um do outro apartados.

Nessa ansiedade em que tudo gira,

Gira no peito e entre essa luz suspira

E chora de amor, amargamente chora...

E essa grande força, em sua intensidade,

Confunde-se tudo, até à cruel ansiedade,

Que a tristeza profunda ainda devora.

tancredo
Enviado por tancredo em 28/10/2005
Código do texto: T64490