Eu volto. Sempre.
Eu tenho aperfeiçoado o método de mesmo perdida
saber voltar pra casa mesmo assim.
Me bagunçam os cabelos e a alma, retiram meu nome e endereço,
Mas eu volto.
Eu acho o interruptor. O cabo fora da tomada. O culpado. O monstro debaixo da cama. E mando-o, gentilmente, embora.
Eu volto porque há algo em mim que sussurra a resposta,
que ilumina os caminhos, riscando o céu,
botando flores nas gargantas das pessoas,
retirando-lhe os gatilhos.
Eu volto a me olhar no espelho e ver uma amiga,
amicíssima,
quem eu gosto e quero bem,
e isto é revolucionário.