Ecce Homo" (Eis o homem)
Sinto que há um mistério na existência
Que não somos filhos do acaso
Nem que estejamos largados ao relento do cosmo
Que quanto mais nos conhecemos
Mais nos libertamos da escuridão de nossas duvidas
E que a esperança não é um mero impulso de nossa incapacidade de sabermos responder as perguntas que se ensurdecessem em nossas consciências
Nascemos para lapidar a natureza bruta do desconhecido
Somos os guardiões do panteão sagrado das ideias
E se é a busca da verdade que nos esvazia do medo do porvir
É também no saber que estão as respostas de nosso próprio existir
Logo, temos o direito de nos ufanarmos pela revelação
Porque somos todos breves e universais