Eu sou o que restou de mim

Eu sou aquela que mesmo sem ser é simplesmente

Sou céu estrelado em noite sem luar

Incompleta

Às vezes incompreendida

Não sou quem gostaria de ser

Sou o que poço ser

Já fui muitas,

De muitas caras

Muitos amores

Mas hoje me perdi

Não sei mais quem sou

Talvez saiba o que ainda sou

Ou que restou de mim

Mas tenho medo de admitir

Porque talvez seja tarde demais

E mesmo que a lua apareça no mar

Mesmo que todas as canções falem de você

Eu me perdi

Abandonei tudo em nome de saber

De conhecer um pouco mais de mim

Para conhecer você

Tornei-me mortal

Para aprender amar

E esqueci do passado

De tudo aquilo que eu queria esquecer

E voltei a ser mais uma de fases

Uma menina, uma mulher

Nízia Rodrigues
Enviado por Nízia Rodrigues em 08/09/2007
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