A morte
A morte nos marca como o nascer
Celebra o nosso fim e nos ignora sempre
Deixa em branco as páginas dos anos que ainda poderíamos viver
Silencia-nos pela autoridade que lhe foi cabida como adida do além
Algoz dos inconformados
Ela, a morte, fria como é a sua natureza
pode seduzir os fracos de espírito
E sucumbi-los à lista das almas ceifadas para sempre
Sob razões que não compreendemos
Como um fenômeno ou alguém
A morte segue em sua execução sumária
Não conforta e nem distrata de suas pobres vítimas
Adia-se aos que dela fogem heroicamente até o último suspiro
E deixa reticente o interrogo de seu verdadeiro sentido para a nossa existência
Tudo o que vive e respira está fadado a um fim óbvio
Pois talvez a morte exista para nos lembrar de nossa brevidade
Ademais,
Se não houver recompensa para a humilhação dos que se vão
É mais que justo e desafiante o suspense e o desespero dos que ficam!