PELAS CALÇADAS:

Pelas calçadas:

Eu nada pedia da vida, a não ser viver bem.

Mas, naquela madrugada, eu fiz um pedido.

Enquanto caminhava, sob a garoa, que caia.

Ao céu, eu pedia, que me mandasse alguém.

Cansado de viver sozinho, eu apenas queria.

Alguém, que me desse amor, sem cobranças.

Que enxergasse apenas, um homem comum.

Que ao meu coração desse, vida, esperanças.

Não visse em mim, o boêmio das madrugadas.

Visse, apenas o homem, que busca na solidão.

Do frio da madrugada, alguém para se dividir.

Esta solidão, que faz de mim, homem da noite.

Que vaga pelas ruas, por madrugadas sem fins.

Sentindo minha vida, se esvair, pelas calçadas.