MONÓLOGOS

Os monólogos

do meu silêncio

são labirintos

de Babel.

Estilhaçam vitrais,

dançam cirandas,

rabiscam scripts.

Zombam da noite,

calam o eco,

ferem o grito.

Contatam estrelas,

desconectam hipocrisias

saboreiam amor.

Esquadrinham verdades,

desenham interrogações,

abominam crenças.

No meu labirinto,

meus monólogos

não se traduzem.