26.06.18
Ei! Senhor dono das chuvas,
Trás para perto o meu benzinho.
Vento que brota do Norte,
Arranca-o mas com carinho.
Tua sensatez consola-me.
A falta de nós me atinge.
Minha alma te padece.
Tua ausência me afringe.
Danço nas entrelinhas que são tuas.
Desmancho-me no devaneio perdido.
Acredito no que escasso se encontra.
Para a lua, nas ruas, imploro um pedido.
O tempo ao meu favor não conspira.
Eis meu grito no silêncio.
No meu universo teu corpo adormece.
E depois disso, nada afirmo.