Plural
Distância, devaneios, delírios meus.
Retornos, relatos, rabiscos teus.
Poemas, pesares, não sei como denomina,
A gente só, não existe, é o plural que predomina.
Eu só contemplo em ti,
O que em mim não existe.
E de repente falo do meu descontentamento
Assim me dispo, quisera eu que tu ouviste.
Da minha maneira, eu persistia em te fazer ficar,
Como um maluco que rega uma flor de plástico.
Demasias de pedras atirei na lua,
Os versos eram meus, mas a poesia ainda é tua.