como viver
no silêncio de uma vida
recordamos o infinito.
ao som das águas
o sono é sublime
ao descer uma ladeira
não há risco
sou como pluma
na felicidade de uma liberdade
recrio o que já formou
o que contou, já foi dito
o que nasceu, já viveu
o vento que sopra no telhado
traz o cheiro do mato
no silêncio do meu sono
ouço tudo que é bom
desprezo o que maltrata
a folha seca que voa
busca outro verde no sonhar
o tempo passa sem saber a hora
não ouço rádio nem vejo TV
ouço músicas de protesto
me recordo aquele outro lugar
quando gritam fico surdo
com voz calma te recebo
o caminho é de pedras
aparece na última entrada
vejo atrás, um amarelo
de frente vejo o verde
com escada íngreme
sugere o cuidado
aproximo da água
vejo o fundo do barro