Homenagens - Coletânea

Luquinha

Lucas são muitos, mas nenhum São Lucas

Pai, filho, amigo, cônjuge, mano, humano

Liberal, mas sem apologia a ideias malucas

Nenhum santo, também nem tão profano

Terno, generoso, jamais no coração ferido

Pois deste, o perdão foi sempre o escudo

Cativa todos e por todos é muito querido

De gênio forte, voz nenhuma o faz mudo

Seu nome, de santo e seu ofício, de herói

Nesta vida, sua veia é extensão da minha

Aqui e além, o seu mundo de paz constrói

Nem santo nem mártir, apenas Luquinha

Meu confidente, melhor amigo de infância

Foi e há de ser sempre meu melhor amigo

Assim seja apesar do tempo e da distância

Aonde quer que eu vá, há de estar comigo.

Minhas Princesas

Tenho o privilégio do amor de pai para filha

E a cada uma cabe o inteiro, não há partilha

Sentimento profundo que me vem à flor da pele

Pelas minhas filhas, Valéria, Vanessa e Danielle

O espírito renovado desprendeu-me da matéria

À luz do amor de Vanessa, Danielle e Valéria

Antes mesmo de nascerem faziam-me a cabeça

As minhas musas Danielle, Valéria e Vanessa

A natureza em uma de suas sublimes sutilezas

Concebeu-me pai das três mais lindas princesas.

Aos Meus Irmãos de Sangue

A despeito das divergências de conceitos

Que deleite é encontrar os meus irmãos

Em uníssono bombeiam naqueles peitos

Corações em abraços e apertos de mãos

Vêm à tona histórias de nossas infâncias

Entre risos e lágrimas lavamos as almas

Estreitamos nossos laços e as distâncias

Na mesa de conversas francas e calmas

Citamos o primogênito, saudoso Alaércio

Que em seu tempo era o rei do comércio

Depois o segundo, nosso intrépido Adair

Contador de belas histórias a nos distrair

Prematuramente nos deixou Doutor João

O médico abnegado com enorme coração

O nosso eterno e simplesmente Joãozinho

Como o chamávamos com amor e carinho

Daí para o quarto, o alegre e irônico Gil

Audacioso, um homem de peripécias mill

Gente fina elegante Terezinha Aparecida

E a sua veia cômica a nos alegrar a vida

Para completar a ala feminina, veio a Léia

Depois de tantos meninos, uma boa ideia

De sensos aguçados do dever e da justiça

Trabalhadeira, não sabe o que é preguiça

O sétimo é o metódico asséptico Gilberto

É íntegro e sistemático, prima pelo certo

E o oitavo sou eu, esse que vos escreve

Não devo falar de mim só para ser breve

O nono é a paz em pessoa, é o Luquinha

Este é o que mais perto de mim caminha

O décimo e caçula por fim, é o Waltinho

Altruísta, faz a boa política pelo caminho.

Meus Heróis em Mim

Hoje em mim reconheço meus pais

Vejo seus retratos no meu espelho

Passaram de mitos a seres mortais

Sinto a falta do seu sábio conselho

Pouparam-me de suas vicissitudes

As minhas atuais lágrimas furtivas

Revelam uma das nobres atitudes

Dentre muitas nas horas decisivas

Reverencio meus humanos heróis

Agora percebo a sua humanidade

Nortearam-me a vida como faróis

Almejo deles a mesma dignidade.

Ao Amigo Eduardo

Você me faz feliz

Faz leve meu fardo

Gosto do que diz

Meu amigo Eduardo

Ao amigo não falto

Bem sei que tardo

Seu valor ressalto

Meu amigo Eduardo

Que coisa estranha

Parece coisa de veado

É alegria tamanha

Meu amigo Eduardo

Receba aí a poesia

Deste humilde bardo

Faço com alegria

Ao amigo Eduardo.

Ao Amigo Nelson

Personifica o bom-humor

Digo em alto e bom som

A todos não poupa amor

Ele é meu amigo Nelson

Aquele tão bom menino

Tornou-se o homem bom

Amável, elegante e fino

Ele é meu amigo Nelson

Sua alcunha de Caçapa

É o largo sorriso de neon

E dele nada me escapa

Ele é meu amigo Nelson

Receberá minha poesia

Certamente de bom-tom

Pois é feita com alegria

Ao grande amigo Nelson.

Novos Ayres

Disse o poeta jurista

O que excede a necessidade é veneno

Novos Ayres à vista

Que farão certamente o mundo ameno

Jurista e poeta Ayres

Justo nas leis e nas palavras, poeta

Não fez réus mártires

Alma iluminada, generosa e correta

Sempre bem humorado

Nas alturas não cometeu baixezas

Comportamento ilibado

Sua caneta nunca cometeu cruezas

Que venham novos Ayres

Tenham todos comportamento ético

Gente fina sem desaires

Encarem o mundo com olhar poético!

Rapaz Latino-americano

Se fez recluso

Depois de tamanha fama

Ficou confuso

Diante de inesperada trama

Apenas poeta

Um rapaz latino-americano

Quiçá profeta

Mais um bom samaritano

Meio controverso

Uma alma extraordinária

Rebeldia em verso

Na sua postura visionária

Um poeta gênio

De uma obra atemporal

Um ser abstêmio

Do seu sucesso colossal.

Quando Mais Queremos Ficar

Quando mais queremos ficar

Ocorre como tantas vezes vi

Arrancam-nos do nosso lugar

Tal como foi com Vander Lee

Promovido a estreia, a mito

Espírito a inspirar os poetas

Para meu coração tão aflito

Suas poesias me são diletas

Onde pode falar com Deus

Sua música soa com louvor

De lá abençoa aqui os seus

Aqui sua poesia incita amor

Voa nosso poeta menestrel

Voa poeta das Minas Gerais

Vai cantar e encantar o Céu

Não o esqueceremos jamais.

Aqui Neste Lugar

Aqui venho me inspirar

Volta e meia aqui venho

Porque aqui neste lugar

Acho o que lá não tenho

Aqui encontro descanso

Pois este é meu paraíso

Minha paz aqui alcanço

Tenho o melhor sorriso

Aqui não é ali nem acolá

Nem lá onde não chego

Melhor que aqui não há

Aqui é o meu aconchego.

Aqui

Sinto-me confortável aqui

Inspiro-me nestes poetas

Por eles ainda não desisti

Até refiz as minhas metas

Aqui eu sacio minha alma

E deixo um pouco de mim

Levo daqui beleza e calma

Tenho na tela meu jardim

Passei para ler uma trova

A esta beleza não resisto

Traz alegria a toda prova

Por isto eu jamais desisto.

Canto do Recanto

Poeta que aqui verseja

Verseja como ninguém

E como o poeta almeja

Quero versar também

O que vejo no recanto

Noutro canto não vejo

Com tudo me encanto

Assim verso no ensejo

O verso que verseja lá

Não verseja como aqui

Tal qual o daquii não há

Mas se há, ainda não li.

Valei-me, Poeta!

Para o deleite do leitor

Há de vir a inspiração

Bem mais que fingidor

Faz versos de coração

Anjo da arte é o poeta

Seu versar me inspira

Sua arte me completa

A minha alma suspira

Ser imune ao profano

Pois é terno e sensível

Criativo, leal, humano

Ternura irrepreensível

Sua arte é um colosso

E de repente ela se dá

Não carece o alvoroço

Traz paz de lá para cá.

Ao Meu Mentor

Meu mentor insiste

Não me deixa em paz

Diz que ando triste

A alegria em mim jaz

Tristeza até parece

Mas é pura introspecção

Portanto não carece

Tamanha preocupação

Ainda que sem mote

Quer que algo eu escreva

Outra postura adote

Ao silêncio não me atreva

Para o deleite meu

Mais um dos poeminhas

Que ora me ocorreu

Desprovido de entrelinhas.

MiLLôR

Minha razão tem emoções

Que o coração desconhece

Millôr tinha mesmo visões

Que sua obra resplandece

E sabia que Deus nele cria

Crente o era da descrença

O senso comum subvertia

Lógica que fazia diferença

O humor genial e refinado

Dava a ele o ar mais sério

Deixou um enorme legado

Para desvendar o mistério

Grande escritor sem estilo

Como o próprio se definia

Isento não guardava sigilo

Pois nada a alguém devia.

Mel

Ela era toda cor de mel

Dócil como nunca se viu

Um anjo canino do céu

Acho até que nunca latiu

Ela ninguém estranhava

Transmitia apenas alegria

Mel nem sequer ladrava

A abanar seu rabo sorria

Ingênua se deixou picar

Pela peçonhenta cascavel

Será bem difícil suportar

A vida sem a querida Mel.

Maya

Quatro letras tem o amor

E seu nome tanto quanto

O que tem também a flor

Maya tem a mais encanto

Antes mesmo de vir à luz

Maya se fez laço de amor

A essa graça faremos jus

Por ser milagre revelador

Por ela tudo valeu a pena

Maya é uma menina linda

Radiante entrou em cena

Ao nosso lar é bem-vinda.

marciusantos
Enviado por marciusantos em 05/09/2018
Reeditado em 01/11/2018
Código do texto: T6439932
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