Todos, Todas

Toda vida, toda arte

Toda lida, toda parte

Eu não ligo mais pra dor

Nem pra mais nada

Se tiver amor me serve

Qualquer jogada

Que se dane casa bacana

Sucesso fama dinheiro

Eu quero mais um carnaval

Mesmo sem fevereiro

Pois é muita loucura

Apenas prum cara só

Disputa filho-da-puta

Pois tudo vira pó

Se quiserem podem

Falar mal de mim

Eu procuro e me curo

Com as flores do jardim

Eu canto e danço

Mesmo quando chove

Pra que ficar parado

Se até a terra se move?

E podem contar

Essa alegria não é falsa

É que a vida segue

Mesmo estando descalça

É que sou saltimbanco

Pirata e bandoleiro

E virei rei cigano

Mesmo em dia de luto

Eu sei ser festeiro

Pois a festa é o que resta

Mesmo de cara lavada

A guerra cai por terra

E não deu em nada

Todos os nomes agora

Vem vindo na boca

Já não tem mais cura

Pra essa febre louca

Pois assim eu o quero

Quero tudo e desejo

O poema e o verso

E tudo que for beijo

São rimas óbvias

Por que não meu senhor?

São apenas um rimante

Que sem vela já velejou

E esse feliz desabafo

Já tá chegando ao fim

Mas se quiser pergunte

Eu explico tim tim por tim tim...

Toda vida, toda arte

Toda lida, toda parte...

Carlinhos De Almeida
Enviado por Carlinhos De Almeida em 05/09/2018
Código do texto: T6439914
Classificação de conteúdo: seguro