no infinito, qualquer ponto é o centro




Mergulho
no espírito 
do silêncio.

Alguém me vê?
Me ouve?
Sabe quem sou?
Estuda-me, 
frio,
feito o quarto?

Perguntas.

Não posso dar fim a tudo
bancar o bom mudo
pranto-pronto,
tonto com as palavras

(...)

Profundo como um poema,
o dilema amanhece.

Como eu queria voar,
ter a certeza de amar,
ou ao menos,
poder sonhar.

Isto posto,
visto meu rosto,
desço dos versos.

E o silêncio,
ao avesso,
adia os meus


universos.