Solidão

Conservar cada dia

sem se importar sorrir

como se não sentisse o peso

de levar o existir.

Respiro e tento a lida

da sobrevivência

quando o buraco do peito

se fundiu à resistência.

Viver é lembrar o que se foi

olhar para trás como um clamor

no vazio do presente

o derradeiro beijo de amor.

O hoje é uma lágrima salgada

do doce ontem que azedou

A vida é uma dádiva

para quem nunca se fartou.

Passaram através de mim

Sentiram meu cheiro e seguiram

alguns ficaram e tive que ir

fundi em corpos na esperança

de fazer sentido mas sozinha senti

se acharam partindo pro lado oposto

me deixando na escuridão

sã sigo quebrada

atada a minha solidão.

Helena Dalillah
Enviado por Helena Dalillah em 04/09/2018
Reeditado em 21/11/2018
Código do texto: T6438870
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