Embrulho poético
Mês 09 de dois, zero, um, oito
Pouco se estabelece pensar
Nos atos implantados.
Para o tempo que se passa
Vejo que é demais...
Os ponteiros se repetindo
Sonhos vindo a tona.
Na demanda inquisição
De sonhar como todos.
Mas sonho em ver o brilho cintilante
Pois vivenciar é como um triz
Tipo faísca.
A raíz tem quem petisca
E não cuida pro caule forte ficar.
Outro dia vi que o vento não é visto
Mas mesmo assim, assisto
Sinto, quando passa na laringe
Fôlego de vida, que visa
Não abandonar
Até que esteja totalmente luz
Ser em constante crescimento
Em instantes de momentos
Com a coluna, que apruma a energia
E nos ruma em processo de magia
Que emerge ao toque: sensação.
A bússola dos versos, me programa
A procurar a produção intuitiva
E quem carece
Sente
Lê, absorve
E até esquece do mundo lá fora
E se fixa nas linhas
Embaralhadas como embrulho
Desejando que seja desembrulhado.