MUSEU
Passa o tempo brincando de saudade
sobre a translucidez da esperança
e o novelo de mágoas e lembranças
eterniza o cruel desenrolar
Na solidão do museu
Estrelas abrasadas de loucura
Corre-corre. Alarmes, e acendimento.
Aparei gotas em minha mão
Enovelei-as como antes
quase sempre igual- jamais contínua-
ao destino servil do consumar
Passa o tempo e nos fica a vaidade
na amargura da vida edificada
no desejo total de eternizar
Somos todos museus de embriaguez
quando não descartamos quase nada
pela doce ilusão de não passar