SONETO PARA SÉRGIO VIEIRA DE MELO, de Tuphy Mass

Os deuses e os demónios querem sangue.

No mundo, ergueram, ímpios, os altares.

Um homem justo mais tombou exangue...

Irmão, mais um sinal p'ra meditares.

O tempo da discórdia trouxe as iras.

Quem nega, agora, a lei da causa-efeito?

Arautos de vergonhas e mentiras,

com bombas a bater dentro do peito...

E as vítimas são sempre os inocentes,

as dores de um calvário que não cessa,

o vil metal das trocas indecentes.

Irmão, Amigo, Exemplo... tão depressa

te privam do amor das tuas gentes!

Contigo morre mais uma promessa.

Viana do Alentejo * Évora * Portugal

20 de agosto de 2003

José Augusto de Carvalho
Enviado por José Augusto de Carvalho em 27/10/2005
Código do texto: T64373
Classificação de conteúdo: seguro