SONETO PARA SÉRGIO VIEIRA DE MELO, de Tuphy Mass
Os deuses e os demónios querem sangue.
No mundo, ergueram, ímpios, os altares.
Um homem justo mais tombou exangue...
Irmão, mais um sinal p'ra meditares.
O tempo da discórdia trouxe as iras.
Quem nega, agora, a lei da causa-efeito?
Arautos de vergonhas e mentiras,
com bombas a bater dentro do peito...
E as vítimas são sempre os inocentes,
as dores de um calvário que não cessa,
o vil metal das trocas indecentes.
Irmão, Amigo, Exemplo... tão depressa
te privam do amor das tuas gentes!
Contigo morre mais uma promessa.
Viana do Alentejo * Évora * Portugal
20 de agosto de 2003