VASSALAGEM
Render-me-ia ao gume de tua espada
Em serviência, eu beijar-te-ia os pés
Entregar-me-ia a qualquer revés
Pra ser só servo teu em total vassalagem.
Servir-te-ia meu sangue em taça d’ouro
Cobrir-te-ia com o calor de minha pele
Doar-te-ia minha força como um touro
Pra descobrir-te nua de tua armadura.
A estes teus olhos de feroz mulher
Eu daria em banquete, em território leito
Minha carne crua banhada de suor
E te ofertaria, sangrando, meu peito.
De ti faria aquela, que sagaz, me doma
Doar-te-ia meus gemidos de amor
Senhora, guerreira, minha cruel dona
Na louca dialética entre gozo e dor...
By Nina Costa, in 22/07/2018
Mimoso do Sul, Espírito Santo, Brasil
N.A.: Revendo o amor e o desejo na teoria de Lacan, Sartre e Freud, veio-me a insPIRAÇÃO para a composição desse poema, ao estilo do Marquês de Sade... kkkkk