O MEU RIMANCEIRO * O relógio parado de Gabriel de Fochem
Um relógio parado
assinala
o sem tempo obstinado.
Um sem tempo que fala
duma espera,
no silêncio pesado
duma angústia severa.
Vai-se o dia,
vem a noite
e nenhuma ousadia
que perturbe ou açoite
o silêncio pesado
que macera,
nesta espera,
o sem tempo obstinado.
27 de Outubro de 2005.
Alentejo * Portugal