Ain't nobody there

Brada do alto da montanha: AMAR!

Rebate em pedras e esquinas desabitadas o som do amor

Ecoa por segundos finitos e bonitos na imensidão

Retorna fraco e átono, não correspondido

Do alto do arranha-céus grita: AMAR!

Engole o concreto e o metal frio o som do amor

Se deposita como uma fina poeira sobre a rua engordurada

Que aspira rápida e violenta todos os sumos dos bons sentimentos

Clama ao mistério. Olhando para a lua e para as estrelas: AMAR!

Espalha-se no breu o que mais parece um grunhido

As moitas gemem de frio, assoviando suas dores noturnas

A resposta não é a potência partindo de mim

Então entendo

Quando deus me responde com o som que colocou nas coisas

Na moita, no grilo, isso tudo ordinário que reflete um pouco de mim

AMAR!

Aperto os olhos para ler o que se inscreve no parasselênio

E vejo que nos assemelha estar sós

AMAR!