A Vítima
O percurso em mar aberto
Toma o repúdio em sua essência
O despojo é subalterno
Do silêncio em convergência.
O tempo é uma magia
O esquecimento é uma prosa
A memória em poesia
Numa mnemose assombrosa.
Mergulhar sem hesitação
Na água trina e radiosa
A espuma é uma inspiração
Para uma captura dolorosa.
Quem diria que o tempo é passageiro
Sua âncora é a vida de ninguém
Quem sobrevive a esse ato sorrateiro
Morrerá num esquecido vaivém.