Esqueço
Esqueço! Esqueço da dor que senti ao te ver
Estando ao teu lado e sem me perceber
Permanecia indiferente, sem ao menos revidar
Pedi ao teu carinho a oportunidade de te amar.
Esqueço! Esqueço dos desejos de teus beijos receber
Dos lábios impetuosos deslizando sem querer
Em minha entenebrecida boca tímida e ansiosa
Pedindo que comigo ao menos fosse bondosa.
Esqueço! Esqueço dos momentos de teus dedos a deslizar
Em meu corpo arrepiado, apenas com teu olhar
De costas desprevenida e dorso palpitante...
Pena que o acontecido não ocorreu em nenhum instante.
Esqueço! Esqueço, ah como quero esquecer
Essas lágrimas idiotas que no rosto quer correr
Desse tolo insensato que não cansa de errar
Imaturo e insensível incapaz de acertar.
Esqueço desse rosto que impregnado em mim está
Desse corpo radiante de estatura regular
De andar sublime e arrogância especial
O pior da tua soberba é que ingênua e sensual.
Quero me enganar pensando em esquecer.
Se existe impossibilidade é isso acontecer
Não posso, não quero. Não sei o que fazer
Só quero que eu possa dessa dor sobreviver.