NOS BAIRROS IMUNDOS DA PERIFERIA

Notícias de violação sexual

E assaltos à mão-armada

Recheiam as páginas do jornal

Qu’informa a multidão deseperada

Disparos de arma de fogo

Ouvem-se com doentia frequência

E os cadáveres, ao léu, qual sôo oco

Nos bairros imundos da periferia

Às largas, pelas ruas, está a incerteza a deambular

Nos bairros famigerados da periferia

Onde o luto é um pomar

E a dor, geme deliciosa melodia

No infinito adeus, aos que vão a enterrar

Com o descaso da autoridade policial

A insónia que agora implode

Nos corações aflitos da multidão

À quem, somente o favor de Deus acode

Senão p’las próprias mãos, quem fará

A justiça qu’inexiste cá?

Alberto Secama 25 de Agostoo de 2018

Alberto Secama
Enviado por Alberto Secama em 31/08/2018
Código do texto: T6435645
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