Fechamento do caixa

E as palavras?

Fogem!

Quando agiganto os olhos

Alargo a mente

Estico a linha do tempo

Até desaparecerem os pontos

Persigo-as

Foram!

As que deram o jeito

Para abafar o lamento

Vida e fogo ao ímpeto

Encaixando o intelecto no ser

Ajustaram o pisado

Passam!

Como peixinhos no aquário

Intocáveis

As que traduziram

Esquentaram o que seria narrado

Não ficam

Fenecem

Quando da agarradura

A noite cai

Pede o respiro profundo

Bendito quem nele

Bate, enxagua

Centrifuga a mente

Ó, vida !

Que dobra, dribla,

Faz dobras

Deixa dobras

Pede o redobro

Da força

Da fé

Da gana

Da paixão

Para o manejo da espada

Até o suado do rosto

Pede a exaustão

Para daí

Poder sentir paz

Do outro lado

Prêmio ou pena?

Eis a questão

Prisão do corpo

Fadiga

Labuta para o pão

Morte como troféu

Dos que vivem

Trabalham na história

Do nascimento à morte

Perdidos no espaço sideral

No meio do nada

Vã regurgitação!

Tao

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 25/08/2018
Reeditado em 03/09/2018
Código do texto: T6429942
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