UM DEDINHO DE PROSA
Uma palavrinha que fosse,
Na sala de estar,
ou no portão do quintal.
Ali, na varanda,
Quem sabe à sombra do pessegueiro,
no banco de madeira
Ou com os cotovelos na mesa.
Umazinha só,
Palavrinha que fosse,
Rápida ao pé da janela,
Ou no calor do fogão.
Sob a mangueira,
embaixo do pé de limão
Ou na boca do forno,
Sentindo o perfume do pão,
Saboreando o café
Da tarde.
Uma palavrinha apenas
mataria a saudade,
sossegaria meu coração.
Dalva Molina Mansano