Meu anti-amor.

Eis que fiz,

Em virgulas distorcidas.

Devoradas e digeridas,

Versos desconstruídos,

Para criar um anti-amor.

Silêncio sangrou,

E ao invés de flores,

Páginas riscadas ferozmente,

Com os dizeres:

_Aqui não há amor.

Dor, culpa, solidão e frio.

As adagas que estriparam

Um coração febril.

Em em seu leito de morte,

Suspirando seus últimos versos,

Cantou:

Meu anti-amor, diante do escárnio,

Tornou-se, todo ele amor.

DjavamRTrindade
Enviado por DjavamRTrindade em 23/08/2018
Código do texto: T6427633
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