Meu anti-amor.
Eis que fiz,
Em virgulas distorcidas.
Devoradas e digeridas,
Versos desconstruídos,
Para criar um anti-amor.
Silêncio sangrou,
E ao invés de flores,
Páginas riscadas ferozmente,
Com os dizeres:
_Aqui não há amor.
Dor, culpa, solidão e frio.
As adagas que estriparam
Um coração febril.
Em em seu leito de morte,
Suspirando seus últimos versos,
Cantou:
Meu anti-amor, diante do escárnio,
Tornou-se, todo ele amor.