E Fui...
Palavras pintadas,
Em paredes velhas.
Cantavam versos,
Que ninguém podia ouvir.
Jogaram flores,
Em túmulos vazios.
Perderam o amor,
Que nunca tiveram,
Dentro de si.
Mas para que sorrir,
Diante de mágoas profundas.
Transformando versos,
Em mártires sem fim.
Tornei-me honesto,
Comigo mesmo.
E jurei ser assim,
Até o fim.
Escrevi poemas,
Sobre flores mortas.
Sobre o vazio,
Que habitava em mim.
Em pedras frias,
Lapidei sonetos.
Para nunca esquecer,
O que prometi.
E fui silêncio,
Enquanto todos gritavam.
Eu fui começo,
Quando almejam o fim.