Ritual -012

Nasce em meu peito,

uma enorme e indelével fonte

de inspiração.

E, em meu destino,

uma pira de aberrações.

Um carnaval carnal,

de bárbaros prazeres,

fervilham num mundo

de devassidões, sem precedentes.

Controvérsias, em quadros

mortificados. São transformados

em fogueiras ardendo dentro

de um espaço doente.

Sinto, despencar por um abismo,

meu corpo inerte sem replicar.

passivo, indulgente e frio.

Sinto, meu corpo,

despencar por uma garganta

sem fim.

Enquanto!

Poemas fluem inutilmente,

junto as margens das estradas.