ÉBRIO
ÉBRIO
Aqui vou de pernas transadas
pela rua a cambalear
em cada poste uma tontura
cada esquina um linguajar.
Pela noite escura eu pareço
um palhaço com sua mímica
gravidade, balanço e padeço
são coisas que intensifica.
Ouço um eco d'um violão
tilintando através do tempo
ladrar de um cão escuridão
movendo os sentimentos.
A lua lá do seu queijo
tão alva tal como prata
a casa no grande desejo
após o copo de cachaça.
Aqui vou cambaleante
ingerindo graus d'um litro
cada passo um instante
não sei se vomito ou grito.
Antonio Montes
ÉBRIO
Aqui vou de pernas transadas
pela rua a cambalear
em cada poste uma tontura
cada esquina um linguajar.
Pela noite escura eu pareço
um palhaço com sua mímica
gravidade, balanço e padeço
são coisas que intensifica.
Ouço um eco d'um violão
tilintando através do tempo
ladrar de um cão escuridão
movendo os sentimentos.
A lua lá do seu queijo
tão alva tal como prata
a casa no grande desejo
após o copo de cachaça.
Aqui vou cambaleante
ingerindo graus d'um litro
cada passo um instante
não sei se vomito ou grito.
Antonio Montes