Doce companhia

Doce, tão doce

Está escrito no jornal de hoje

Que não existe outro remédio

Para eliminar meu tédio

Querida, tão querida

Todos te querem na esquina

Com variadas ofertas e tamanhos

De ti neste mundo estranho

Eu quero, agora de manhã

E de sobremesa uma maçã

E se ainda tu quiser

Acompanhado de uma xícara de café

Vou esperar amanhã talvez

O jornal me dizer o que fez

A tempestade passar tão rápido

Nem ouvi nada do meu quarto

Nenhuma sirene ou alarme

Ou sinais com um certo charme

Alertam sobre a ventania

Que costuma passar de dia

Mera sorte, entre a vida e a morte

Não tenho mais sorte, não sou mais forte

Do que ontem, hoje ou amanhã talvez

Nem lembro o que você fez