AURORA MORTA...
No ciclo dual,
Onde meia lua se desperta,
E a outra parte volta a dormir,
Meio ciclo se completa...
Num contraste dos sonhos,
Onde tudo parece risonho...
Onde nasce um desejo,
Morre mil prazeres,
Onde afogam-se beijos,
Surgem mil dizeres,
Lá na faixa estreita da ilusão...
No clarão da alma,
Na incerteza do existir,
Lá onde tudo está pra(por) vir...
Na aurora morta,
Na hora absorta,
Nossas almas se despem,
De tudo que não fortalece,
Enquanto o medo, o silêncio vence,
Nos deixamos envolver,
Muito além do tal prazer,
Da hora cinza em grande escala,
Do intrínseco sentir que não se cala,
Mas o dual persiste,
Amanhece o silêncio,
No mesmo instante que anoitece (...)
(M&M)