Regresso
Renova-se o parto,
Debaixo da cabeceira do céu,
No adormecer da aurora
Que ornamenta a rua.
Viaja a passos calmos,
Frios, resguardados.
Por entre vestes de trevas
No ventre uma flor silvestre.
Deusa anciã das horas
Mãe da força vulnerável,
Temor dos homens.
Sobre as dores do raiar
Nasce o palpar do dia.
Repousa a noite
No partejo do jovem findar
Regressa ao alvorecer
Coberta de incertezas:
O despir do mundo.