Essência

De corpos dançantes,

Sou fruto que brota.

A dança me move

No pêndulo da vida,

Prende-me em vestes de dor.

Sou o grão da melodia,

O processar do rumor.

Sou letra, percussão, melancolia...

O tom tênue interlaçado

Entre miscíveis sensações.

Sou da terra dança virgem,

Ao som da música

Que em salão de festa se faz mãe.

Sou o desfecho da canção sutil

O timbre a busca de sensatez.

Sou nota que semeia a paz

Entre guerras insanas.

Sou o importuno gosto do ritmo

Ressoado na essência

Debilitada do homem.

Laise Ramos
Enviado por Laise Ramos em 18/08/2018
Reeditado em 18/08/2018
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