Navegar é preciso...
Queria ser um fiapo de algodão levado pelo vento.
Queria não sentir a gravidade sobre meu corpo.
Queria ouvir e não entender.
Olhar e não enxergar.
Talvez assim...
Livrar-me-ia de conceitos antigos.
De querer ser juiz de ações que não são minhas.
E principalmente das minhas.
Talvez assim...
Esqueceria o sentido da palavra traição.
Mataria a desconfiança.
E toda a magoa se dissiparia.
E por instante...
Veria o mundo com os olhos das crianças.
Onde as nuvens formam figuras frutos da imaginação.
E o amarelo sol anuncia um dia cheio de brincadeiras.
Seria uma pausa na minha vida...
Ai construiria um barquinho de papel.
E como seu único tripulante e comandante.
Navegaria pela correnteza do riacho.
Até encontrar o infinito...
www.jaederwiler-poeta.blogspot.com