Navegar é preciso...

Queria ser um fiapo de algodão levado pelo vento.

Queria não sentir a gravidade sobre meu corpo.

Queria ouvir e não entender.

Olhar e não enxergar.

Talvez assim...

Livrar-me-ia de conceitos antigos.

De querer ser juiz de ações que não são minhas.

E principalmente das minhas.

Talvez assim...

Esqueceria o sentido da palavra traição.

Mataria a desconfiança.

E toda a magoa se dissiparia.

E por instante...

Veria o mundo com os olhos das crianças.

Onde as nuvens formam figuras frutos da imaginação.

E o amarelo sol anuncia um dia cheio de brincadeiras.

Seria uma pausa na minha vida...

Ai construiria um barquinho de papel.

E como seu único tripulante e comandante.

Navegaria pela correnteza do riacho.

Até encontrar o infinito...

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jaeder wiler
Enviado por jaeder wiler em 07/09/2007
Reeditado em 17/09/2007
Código do texto: T642231