Notas de desalento II

Ei você que se escondes atrás deste teu riso.

Ei você que finge estar em perfeito juízo.

Ei você que olha ao redor, e só vê desesperança.

É você que já esteve pior. Lembras da tua infância?

Sentes cada célula vibrar por socorro.

Tudo estás bagunçado, pões um forro.

Nem sabes mais o fardo que leva.

Queria somente deitar-se a relva.

Porém sente-se uma presa nesta selva.

A ti venho tão somente dizer.

Não percas tuas palavras, há de entender.

Sua fuga não é para um lugar distante.

Ela poderá acomodar-se numa estante.

Chores! Se o tiver de fazer.

Grites! Para não enlouquecer.

Enlouqueça! Se assim o quiser.

Mas... Permaneça, permaneça de pé.

Confies em ti mesmo.

Sabes teu potencial.

Tanto para o bem.

Quanto para o mal.

Queria dizer que vai acabar bem.

Mas não o posso fazer.

Então respire...

Oof!

Conte até cem.