Somente só
 

Espero o tempo fluir
Na página que escorre
Debruçada no balcão da vida
Como se fosse para sempre
E acima do meu próprio abismo
 
Sinto na distância da noite
A solidão que se abre em tempo
No punho fechado da luta viva
Entendo que tudo continua
No silêncio partido em fios
 
Penso que a solitude me encanta
E até acalma o meu tempo só
Caminho na impressão
Que o universo é a parte que cresce
E derrama no tempo a sombra azul
 
No círculo da vertigem vem o anoitecer
Que traz nas folhas um resto de luz
E quase tudo vem segue e perpassa
Que transcende diante dos meus olhos
Na distância crível no meu pensar
 
 
Gernaide Cezar
Enviado por Gernaide Cezar em 17/08/2018
Reeditado em 11/09/2018
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