Duas irmãs, dois corpos...*
Duas irmãs, dois corpos,
Abrindo para suas sexualidades
No perigoso jogo da sedução
Disfarçam um olhar inibido
Quase desinteressado
Mas, o desejo aflora na pele,
No cheiro, no baixar a cabeça,
Como se consentisse de imediato
Aquela aproximação que anseiam
Os pequenos mamilos se dilatam
Com tanta força & vigor
Que o centro virginal se umedece
Num fulgor que só a paixão entende
Sentir & não ter certeza dos sentimentos
É a barreira a ser quebrada
Duas irmãs, dois corpos,
O desejo passeia pela rua
O desejo passeia
No desejo!
Peixão89
(*Faz parte do Tombo XXI – “Para Sentir” 1993)