Do outro lado do balcão (Pawlastche)
Em meio à um envolvente e curto espaço
Me embaracei com diversas criaturas
Dos bêbados aos
sóbrios
Dos sujos
aos limpos
Dos anônimos
aos astros
Dos vencedores
aos perdedores
Aprendi, do outro lado do balcão
A ser vendedora de refúgios
E até mágica
Dei-me aquela bandeja, por favor
Três palitos de fósforo
E suas mãos
Truque mal lançado, desvendado
Agora eu sou mágica também
Pawlastche!
O espaço próximo
Das conversas
Dos risos
Do contato
Dos vícios
Das fraquezas
Tudo isto e mais um pouco
Numa bela noite de cocais
No bar...
No fim de tudo, acabava me debruçando
No pawlastche...
Provando do veneno paradisíaco.
Gracy Morais
14 de junho, 2017.