MAS ENTRELINHAS

Eu não tenho falado de negro

Tanto quanto devia

Tenho ouvido, apenas, sussurros meus.

Como se me excluísse de um corpo preto

Acho que é anestésico

Resquícios de uma monótona covardia

Confesso .

Mas não há em minhas palavras furtivas

Nenhum desapego a minha negritude

Peço vos que com calma e paciência,

E sem preconceito ,

Me leiam nas entrelinhas.

Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 16/08/2018
Código do texto: T6421006
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